
''[ ... ] A essência da excelência moral ,portanto, é a ação motivada por um meio-termo entre os extremos possíveis da disposição , da emoção ou da vontade que a impulsiona [ ...]''
'''A essência da excelência moral, portanto , é a ação motivada por um meio-termo entre os extremos possíveis da disposição , da emoção ou da vontade que a impulsiona.Fora dessa medida equilibrada , a excelência moral é impossível. Esta é uma idéia fundamental para a filosofia de Aristóteles e para todo o pensamento grego. Os helenos tinham horror à desmedida , que consideravam a pior coisa possível de acontecer ,porque necessariamente levava a conseqüências terríveis.[....]
O horror ao exagero é evidenciado no teatro produzido naquele período, especialmente no gênero trágico. As tragédias clássicas sempre apresentam um conflito terrível , em cujo centro está o herói da história, entre a liberdade individual e o destino, que não pode ser mudado. [ .... ]
Evidentemente , a tragédia grega , tão cheia de metáforas de vida , não demostra a realidade cintífica,mas estética. A beleza dos diálogos cheios de significados nos remetem a possibilidades múltiplas de interpretação. Em primeiro lugar , é preciso que se diga que não há destino de felicidade ou infelicidade. Tudo é construído. Se já no nascimento o oráculo definisse como seria nossa sorte , a ação humana seria diminuída , e a liberdade , um delírio de poetas e loucos. O destino é a liberdade. Então, destino não há. [ Não necessariamente.... ] A história é contruída com a atuação humana . A deliberação de agir ou não agir. De lutar ou esperar. De lamentar ou de viver a inquietude premente naqueles que não se acomodam com a realidade desenhada e que ousam rabiscar sobre o traço e compor uma nova moldura.[....]
O risco de se acreditar em destino é exatamente triste, a latente espera. Se tudo está escrito , se não há como mudar a sorte , o melhor é deixar os acontecimentos se sucederem e esperar o fim de tudo. Desculpa para os covardes , ironia para os valentes. [ ....] '''